segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

As serras gaúchas e o sistema digestivo

O segundo dia começou cedo, com um café reforçado por volta das 7hs. Tudo colocado nos carros e pontualmente às 8hs a caravana partiu rumo ao Rio Grande do Sul. Um trajeto que não permitiu a mesma velocidade média do dia anterior, por conta dos trechos de serra. Mas, de qualquer forma, um visual muito bonito durante o percurso.

Uma pausa. Vale a pena comentar uma pequena parada que fizemos, antes mesmo de sairmos de Santa Catarina. Como dito, o café da manhã foi reforçado. O que significa barriguinha bem alimentada. O processo de digestão varia para cada organismo. O do companheiro Deco, naquele dia, estava em um processo mais acelerado – talvez por conta das emoções e da ansiedade da partida no dia anterior. Após exatos 60min da partida, a Band dos irmãos Deco e Anselmo piscou farol alto para nos e encostou. Rapidamente fizemos uma volta para averiguar se precisaríamos ajudá-los. Não seria preciso. Deco, que correu para o outro lado da estrada, em uma valeta atrás de um morrinho, tinha nas mãos um pequeno rolo que já seria o suficiente para resolver o problema. Risadas e de volta a estrada.

Quando se pensa no sul do Brasil, a idéia que se tem é de que o frio será o clima predominante. Então beleza, casaquinho a tiracolo! Mas assim que rodamos os primeiros quilômetros rumo ao Rio Grande do Sul ele voltou para a mala. No primeiro posto em que paramos para abastecer, o frentista sentenciou: “bah, tchê. Nessa época do ano aqui faz mais calor do que no Saara”. Após a readequação de roupas, volta pra estrada. Muito calor. E paramos em um pequeno posto alguns quilômetros a frente para garrafas d`água e uma refeição completa. Ou, como diz o Artur, a refeição dos campeões. Pança cheia e mais asfalto. Dessa vez o organismo do Deco se adequou bem ao ritmo.

No meio da tarde, com o sol começando a dar trégua, mais uma parada para Gatorades e águas. No posto, o simpático guri Mateus nos abordou para uma rápida conversa sem sentido, típica das crianças da idade dele, e nos ensinou a expressão “xispa”. Dali, tocamos para o máximo que poderíamos, com o sol e a disposição.

Por volta das 20h30, com sol começando a se por, encostamos na cidade de São Mateus para tirar dinheiro. Ali, na praça central, percebemos que uma festa acontecia. Uma rápida reunião e decidimos ficar por ali para passar a noite. Encontramos um hotel honesto, na parte de cima de um barzinho. Lugar melhor não haveria. Banho, algumas cervejas e empadas engorduradas, uma rápida visita ao centrinho para ver o movimento e cama! Antes de deitar, Deco fez uma última visita ao banheiro.

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